O que há @qui?
... textos da minha autoria (ou com os créditos devidos se não forem) ... imagens da internet (algumas fotos minhas) ... poesia em prosa (e prosa poética) ... links poéticos (outros não) ... as minhas músicas (também as tuas talvez) ... comentários (ou não) ... eu e o meu narcisismo... somente!
Procur@-me
Sinto o calor do sol
Durante a noite inteira
E ainda o frio da lua
Embora o sol a esconda
Torno-me transparente
Num simples piscar de olhos
Assaltam-me mil pensamentos
E pressentimentos constantes
Mas difusos e em linha recta
Ao pisar uma estrada
Repleta de pedras cortantes
Não consigo olhar o horizonte
Apesar de o sentir tão perto
Procuro-te incessantemente
Num lugar distantemente perto
Mas não te toco por não te ver
Não te procuro em mim mesma
Quando me revejo na água lisa
Apenas ouço uma voz sumida
"Procura-me e encontras-me
Bem no fundo dos teus olhos"
Um @cordar triste
Hoje tive um acordar triste e chorei a pensar em ti
Cruzo agora lentamente os braços sobre mim
Num estreito abraço porque não estás aqui
Sinto um aperto no coração a cada dia que passa
Penso que não sou eu que tu queres
Julgo a cada momento que não me persegues a mim
Mas sim a boa imagem de mim, como se isso pudesse existir!
Fiquei agora ainda mais triste porque me apercebo
Que eu sou só isto e tu precisas de muito mais
Eu queria ser um pouco mais original, não, única!
Mas eu serei apenas só isto e tu pareces querer muito mais
A cada dia te amo mais que a mim mesma
Talvez porque sejas na essência o que eu gostava de ser
Talvez por sentires intensamente cada breve instante
Talvez por teres tantas certezas sobre tantas coisas
Tenho a cabeça cheia de talvez, provavelmente e quem sabe!
Magoam-me os pormenores mas escolho não pensar nisso
Escondo-me no silêncio em mim, engulo e enrolo as palavras
Hábito de muitos anos de solidão mesmo imersa numa imensa multidão
Perdi-me em alguma curva do meu caminho
E não consigo achar o caminho de volta, pelo menos sozinha...
Inquietação do f@do
Ainda ouço a tua voz
Que lentamente me sussurra
Por entre as franjas negras
De um xaile rendado
Ai se eu fosse vento
Sussurrava-te de volta
E embalava-te em mim
Ainda recordo o teu olhar
Que languidamente me espia
Por entre as brancas chamas
De uma vela guardada
Ai se eu fosse ladra
Roubava-te de ti só para mim
E recordava-te da tua voz
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