Não gostaria de caminhar como numa auto-estrada
Sem as imensas curvas dos caminhos de cabras
Que beleza encontraria se a estrada fosse a direito?
Veria apenas as marcas brancas da estrada
E rails cinzentos a separar o alcatrão da relva
Gosto de sentir nos pés um caminho sinuoso
Como o que me leva até aquela ermida distante
Chego, ajoelho e rezo com palavras só minhas
Aguardo que um carreiro se desenhe na minha frente
E continuo a grande caminhada em alguma direcção
Não faria sentido ter palas nos olhos como os burros
Seria como admirar um pôr do sol de óculos escuros
Agarro as pedras e sinto-lhes o calor de um sol já ido
Olho as árvores, aperto as folhas nas mãos
Cheiro a resina que se me entranha nas narinas
Prossigo o meu caminho com a ténue certeza
De reencontrar alguém no meio de algum atalho
Deixando-o aperceber-se a pouco e pouco
Que a estrada se caminha melhor a dois
Que isto é só um desvio pelo meio de mim mesma
E que teremos sempre lugar lado a lado
Sem as imensas curvas dos caminhos de cabras
Que beleza encontraria se a estrada fosse a direito?
Veria apenas as marcas brancas da estrada
E rails cinzentos a separar o alcatrão da relva
Gosto de sentir nos pés um caminho sinuoso
Como o que me leva até aquela ermida distante
Chego, ajoelho e rezo com palavras só minhas
Aguardo que um carreiro se desenhe na minha frente
E continuo a grande caminhada em alguma direcção
Não faria sentido ter palas nos olhos como os burros
Seria como admirar um pôr do sol de óculos escuros
Agarro as pedras e sinto-lhes o calor de um sol já ido
Olho as árvores, aperto as folhas nas mãos
Cheiro a resina que se me entranha nas narinas
Prossigo o meu caminho com a ténue certeza
De reencontrar alguém no meio de algum atalho
Deixando-o aperceber-se a pouco e pouco
Que a estrada se caminha melhor a dois
Que isto é só um desvio pelo meio de mim mesma
E que teremos sempre lugar lado a lado
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